
ONDE ESTÃO XS NEGRXS?
Onde estão xs negrxs? | Ciclo de conversas – Histórias afro-atlânticas
18, 19 e 20 de setembro
O Ciclo de conversas "Onde estão xs negrxs?", convida poetas, artistas, dramaturgos, escritores, atores, advogados, historiadores, artevistas e filósofas a debaterem a atuação de profissionais negrxs em diversos setores da sociedade. O mote do ciclo teve origem na pergunta impressa na obra homônima do Coletivo Frente 3 de Fevereiro, uma bandeira estendida na fachada do Instituto Tomie Ohtake e no MASP como parte da exposição Histórias afro-atlânticas.
18 de setembro, às 19h: Salloma Salomão, Allan da Rosa, Nabor Jr. e Daniel Lima.
Mediação: Daniel Lima
Salloma Salomão Jovino da Silva é historiador, músico e performer, com 5 CDs lançados pelo selo Aruanda Mundi. É também autor de várias publicações, entre elas, Memórias Sonoras da Noite: Musicalidades africanas no Brasil, nas iconografias do século XIX (Educ, 2002). Possui graduação, mestrado e doutorado em História pela PUC-SP. É professor no Centro Universitário Fundação Santo André e consultor da Secretaria de Educação do Município de São Paulo. Atualmente, pesquisa teatralidades e dramaturgias negras.
Allan da Rosa é escritor, pedagogo e angoleiro, autor das ficções "Reza de Mãe", "Zumbi Assombra Quem?" e "Da Cabula", entre outros trabalhos premiados em poesia e prosa. Compôs também a obra "Pedagoginga, Autonomia e Mocambagem", ensaio sobre praxis em cultura negra e educação popular e anti-racista. Assinou dramaturgias com companhias de teatro, entre elas a Cia Espanca! (MG) e Os Crespos (SP). Historiador, mestre e doutorando em Educação pela USP, onde estuda Ancestralidade, Imaginário e Cotidiano Negro em São Paulo e nas Américas, já realizou oficinas, recitais, palestras em Cuba, Moçambique, EUA, México, Bolívia, Colômbia e Argentina. Criador do selo "Edições Toró", atua no movimento de literatura das periferias paulistanas e com Educação de Jovens e Adultos há 15 anos.
Nabor Jr. é fundador e diretor da revista “O Menelick 2º Ato”. Jornalista especializado em jornalismo cultural e fotógrafo, atua também como editor da revista “Legítima Defesa – Uma revista de Teatro Negro” e é membro do Núcleo de Comunicação do Museu Afro Brasil.
Daniel Lima (Frente 3 de Fevereiro). Daniel Lima é bacharel em Artes Plásticas pela Escola de Comunicação e Artes da USP, Mestre em Psicologia Clínica pelo Núcleo de Estudos da Subjetividade da PUC/SP e doutorando em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Desde 2001 cria intervenções e interferências no espaço urbano. Próximo de trabalhos coletivos, desenvolve pesquisas relacionadas a mídia, questões raciais e processos educacionais. Membro fundador da A Revolução Não Será Televisionada, Política do Impossível e Frente 3 de Fevereiro. Dirige a produtora e editora Invisíveis Produções.
19 de setembro, às 19h: Erica Malunguinho, Daniel Teixeira e Joice Berth.
Mediação: Jordana Braz
Erica Malunguinho é artevista, transativista, pretativista, mobilizadora cultural e educadora. Mestra em Estética e História da Arte. Trabalhou como educadora, agente cultural e na formação de gestores e professores. É idealizadora e gestora do quilombo urbano “Aparelha Luzia”, território de artes, culturas e políticas pretas, também visível como instalação estético-política, zona de afetividades e bioma de inteligências pretas. Produz trabalhos em múltiplas linguagens artísticas.
Joice Berth é arquiteta e urbanista, escritora, assessora parlamentar, pesquisa sobre Direito a Cidade com foco em gênero e raça, autora do livro “O que é Empoderamento?” da Coleção Feminismos Plurais.
Daniel Teixeira é advogado e diretor de projetos do CEERT - Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades; especializado em Direitos Difusos e Coletivos pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo(PUC/SP); foi pesquisador-visitante da Faculdade de Direito da Universidade de Columbia, em Nova Iorque; e Fellow do Public Interest Law Institute, em Budapeste. É conferencista no Brasil e internacionalmente e co-autor dos livros “Discriminação racial é sinônimo de maus-tratos: a importância do ECA para crianças negras” e “Diversidade nas empresas e equidade racial”.
Jordana Braz é educadora e fotógrafa. Cursa pós-graduação em Gestão de Projetos Culturais pelo CELACC-USP e é graduada em Letras pela UNIFESP. Atua em educativos de instituições culturais desde 2014.
20 de setembro, às 19h: Elisa Lucinda, José Fernando Peixoto de Azevedo e Ana Maria Gonçalves.
Mediação: Lilia Schwarcz
Elisa Lucinda é poeta, atriz, jornalista, professora e cantora. Possui dezessete livros publicados, dentre os quais a Coleção amigo oculto, de livros infanto juvenis, que lhe rendeu, em 2002, o prêmio Altamente Recomendável (FNLIJ) por “A menina transparente”. A multiartista encena e circula muito de sua obra pelos palcos brasileiros e estrangeiros, e comemora o reconhecimento de ser uma das escritoras que mais popularizam a poesia em nosso tempo... Seu primeiro romance “Fernando Pessoa, o Cavaleiro de Nada”, uma autobiografia do poeta, foi finalista no Prêmio São Paulo de Literatura 2015.
José Fernando Peixoto de Azevedo é professor na Escola de Arte Dramática e no Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Estudou cinema, possui graduação e doutorado em Filosofia pelo Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.. Atua como pesquisador nas áreas de história e estética do teatro brasileiro e do teatro negro, além de estética e filosofia contemporânea. Foi fundador, dramaturgo e diretor do Teatro de Narradores e é colaborador do grupo de teatro negro Os Crespos, além de outros coletivos teatrais como o Chai-na (Isto é um negro?). Atua também como curador. Dirigiu o espetáculo “Navalha na Carne Negra” e publicou, pela editora n-1, o volume da coleção Pandemia intitulado “Eu, um crioulo”.
Ana Maria Gonçalves nasceu em Ibiá, MG, em 1970. Trabalhou com Publicidade até 2001, quando se mudou para a Ilha de Itaparica e escreveu “Ao lado e à margem do que sentes por mim” e “Um defeito de cor” (Editora Record), ganhador do Prêmio Casa de las Américas (Cuba, 2007). Já publicou em Portugal, Itália e nos EUA, onde ministrou cursos e palestras sobre relações raciais e fez residência em universidades como Tulane, Stanford e Middlebury. Mora em São Paulo, onde escreve também para teatro, cinema e televisão.
Lilia Moritz Schwarcz é professora titular no Departamento de Antropologia da USP, global scholar na Universidade de Princeton (EUA) e curadora adjunta do Masp. Seu livro “As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos” ganhou o prêmio Jabuti de Livro do Ano, em 1999. Dirigiu a coleção História do Brasil Nação em seis volumes (Objetiva/ Fundação Mapfre), sendo três deles indicados para o Jabuti. Foi curadora de uma série de exposições, entre as quais “Um Olhar sobre o Brasil” (2012, com Boris Kossoy), “Histórias Mestiças” (2014, com Adriano Pedrosa) e "Histórias afro-atlânticas" (2018, com Adriano Pedrosa e Hélio Menezes como curador convidado), ambas no Instituto Tomie Ohtake. Em outubro de 2016, esteve na Unifor lançando o livro “Brasil: Uma Biografia”.
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