Programação

Sonia Gomes – Barroco, mesmo

MAC_BAHIA

Exposição

de 12 de abril a 13 de julho de 2025
No Museu de Arte Contemporânea da Bahia Salvador, BA ENTRADA GRATUITA CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE

atual

Sonia Gomes – Barroco, mesmo
Curadoria de Paulo Miyada

Esta exposição acontece no Museu de Arte Contemporânea da Bahia – MAC_BAHIA (Salvador, BA)*

O trabalho da artista mineira Sonia Gomes (Caetanópolis, 1948), pode ser produtivamente enquadrado como uma reinvenção do Barroco Brasileiro. A mostra reúne cerca de 60 obras da artista, além de fotografias de Lita Cerqueira retratando a artista em seu ateliê.

O projeto parte de uma reflexão sobre o barroco brasileiro como testemunho do trabalho, da técnica e da arte de pessoas africanas e afro-brasileiras, destacando como a obra da artista condensa e ressignifica essa herança no contexto contemporâneo.

Acompanhada pelo curador Paulo Miyada, Gomes visitou a capital baiana e Ouro Preto, além de outras cidades mineiras, para aprofundar sua pesquisa sobre os territórios e indivíduos influenciados pelo barroco e que são, ao mesmo tempo, protagonistas dessa tradição e herança cultural brasileira.

Ao lado da beleza, o trabalho de Gomes se engaja com memórias dolorosas, particularmente em suas interações com cidades barrocas icônicas como Ouro Preto e Diamantina (Minas Gerais) e Salvador (Bahia).

Sonia Gomes – Barroco mesmo é uma realização do Instituto Tomie Ohtake em parceria institucional com o Museu da Inconfidência (MG) e com o Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA). A exposição tem o patrocínio do Bradesco, sob a chancela “Apresenta”, e do Grupo CCR sob a chancela “Platina” via Lei Federal de Incentivo à Cultura (Rouanet) do Ministério da Cultura

 

*Rua da Graça, 284, Graça, Salvador, Bahia, Brasil

Sobre a artista
Sonia Gomes
Nascida em Caetanópolis, no interior de Minas Gerais, em 1948, a relação de Sonia Gomes com a arte resultou de uma necessidade permanente, que a levava a produzir uma ampla gama de criações têxteis sem que tivesse acesso a um canal de circulação. A inserção de sua obra no campo da arte contemporânea resulta da ambição de recriar o mundo a seu redor por meio de gestos de cuidado, começando pela intimidade do corpo, da roupa e da casa. A obra de Gomes se tece na duração do tempo. A artista elege materiais que trazem suas próprias cores, texturas, caimentos e um conjunto indefinível de memórias. Cada tecido, roupa e adereço que utiliza percorreu uma trajetória própria, sendo vestido, guardado e trocado antes de passar por transformações em seu ateliê. Por meio da combinação de ações como amassar, torcer, esticar, tensionar, suspender e embrulhar, a artista faz da costura uma espécie de desenho. Seus gestos produzem traços e, ao mesmo tempo, fixam estágios do manuseio dos tecidos, vinculando, equilibrando e associando peças em um corpo que, como se estivesse em crescimento, gradualmente toma forma, estabelecendo relações com o espaço circundante.
Sonia Gomes – Assombrar o mundo com beleza

Paralelamente às inaugurações das exposições, chega às livrarias, pela editora Cobogó, o livro Sonia Gomes – Assombrar o mundo com beleza, organizado por Miyada, que traz uma série de materiais inéditos que aproximam o leitor do sensível processo de criação da artista mineira.

Com extensa seleção de obras produzidas nos últimos 15 anos e reproduções de cadernos pessoais e cartas, o livro tem lançamento marcado para o dia 25 de abril, na Casa Iramaia, em São Paulo.

[Imagem] Ensaio fotográfico – Lita Cerqueira

barroco mesmo
PROGRAMAÇÃO DE ABERTURA
SÁBADO 12.ABR 2025
10H | Atividade educativa
PALAVRA-SEMENTE Com Mariana Per SINOPSE Partindo da exposição 'Barroco, mesmo', a oficina para famílias Palavra-semente propõe um percurso pela memória por meio das palavras. Como sementes, as palavras carregam em si lembranças, perfumes e texturas. Durante esse encontro, cada participante escolherá sua palavra-semente e criará uma pequena escultura que represente as memórias evocadas por ela, estabelecendo um diálogo com o trabalho da artista Sonia Gomes. "(...) E o que eles [os homens / mais velhos] nos transmitiram em forma de semente, assim como o baobá está contido em seu grão" — Hampaté Bâ ⮕ Presencialmente no Museu de Arte Contemporânea da Bahia – MAC_BAHIA (Salvador, BA) *Rua da Graça, 284, Graça, Salvador, Bahia, Brasil
11H | Abertura da exposição
⮕ Presencialmente no Museu de Arte Contemporânea da Bahia – MAC_BAHIA (Salvador, BA) *Rua da Graça, 284, Graça, Salvador, Bahia, Brasil
14H | Barroco ressignificado: memória e arte colonial em Salvador
MESA DE DEBATE Com Alejandra Muñoz, Wlamyra Albuquerque, mediada por Nivaldo Andrade A mesa propõe uma discussão sobre a arte, memória e identidade no período colonial e na contemporaneidade. Serão discutidas as representações e silenciamentos da população negra no período colonial, e as formas de resistência cultural afro-brasileira de maneira a valorizar as múltiplas narrativas que compõem a cultura baiana. ⮕ Presencialmente no Museu de Arte Contemporânea da Bahia – MAC_BAHIA (Salvador, BA) *Rua da Graça, 284, Graça, Salvador, Bahia, Brasil
16H | Roda de conversa
Com Daniel Rangel, Goya Lopes, Paulo Miyada e Sonia Gomes SINOPSE Esta conversa é um convite para uma investigação conjunta a partir das aproximações entre o trabalho de Sonia Gomes e o contexto do barroco, partindo de diferentes perspectivas institucionais e olhares artísticos. ⮕ Presencialmente no Museu de Arte Contemporânea da Bahia – MAC_BAHIA (Salvador, BA) *Rua da Graça, 284, Graça, Salvador, Bahia, Brasil
Sobre os convidados
Alejandra Muñoz
É uruguaia e residente em Salvador desde 1992. Arquiteta, Mestre em Desenho Urbano e Doutora em Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (FAU/UFBA), com Pós-Doutorado pelo Instituto de Artes da Universidade de Brasília (IdA/UnB). Desde 2002, é professora permanente de História da Arte da Escola de Belas Artes (EBA/UFBA) e, desde 2023, é professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU/UFBA). Integra o Grupo BIA - Barroco Ibero-Americano: Arquitetura e Cidade, cadastrado no CNPq. Foi curadora de diversas mostras individuais de artistas e coletivas tais como as edições do Circuito das Artes 2012 a 2016 (Salvador), Triangulações 2013, 2014 e 2015 (Salvador, Recife, Brasília, Maceió, Belém, Goiânia e Fortaleza) e Casa de Mulheres 2024 (Salvador).
Daniel Rangel
Doutorando e mestre em Artes Visuais pela Universidade de São Paulo – USP; membro do Fórum Permanente, vinculado ao IEA/USP, e da International Biennial Association (IBA). Pesquisador, curador e gestor cultural, sendo o atual Diretor do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA), além de curador do Prêmio Museu é Mundo e sócio da empresa N+1 Arte Cultura. Foi curador-chefe do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM Bahia), entre 2021 e 2023; diretor artístico do Instituto de Cultura Contemporânea (ICCo), de 2011 a 2016 e diretor da Diretoria de Museus da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, entre 2008 e 2011. Realizou a curadoria de eventos e exposições, das quais se destacam REVER_Augusto de Campos, no SESC Pompéia, considerada Melhor Exposição Individual de Artista Brasileiro em 2016 pela revista Select!; Palavra em Movimento, sobre a trajetória visual de Arnaldo Antunes, que recebeu o prêmio APCA 2015 de Melhor Exposição de Artes Gráficas; My name is Ivald Granato, ganhadora do Prêmio Arcanjo de Cultura 2020, na categoria Artes Visuais; além de festivais e bienais como 8ª Bienal de Curitiba; as 15ª e 16ª Bienal de Cerveira – Portugal; o Festival Art.br# 1, 2 e 3, em Nova York; e do 2º World Biennial Forum – São Paulo. Organizou as publicações “Klaxon em revista” (Cosac Naify,2012); “Making Biennials in contemporary times” (ICCo/ Biennial Foundation, 2014); “Luzescrita: poemas escritos com luz de Arnaldo Antunes, Fernando Lazlo e Walter Silveira” ( N+1 Arte Cultura, 2016); “Ready Made in Brasil: a ressonância mórfica duchampiana brasileira” ( N+1 Arte Cultura, 2017); e “Afonso tostes: entre a cidade e natureza” (Cobogó, 2019). Realizou ainda a curadoria de exposições individuais de outros importantes artistas brasileiros, como Tunga, Waltercio Caldas, José Resende, Carlito Carvalhosa, Ana Maria Tavares, Marcos Chaves, Ayrson Heráclito, Eder Santos e Rodrigo Braga. Além de outras mostras coletivas, como O Museu de Dona Lina; Encruzilhada; Utopias e Distopias; Ready Made in Brasil; Transit – coleção contemporânea de arte africana, Luzescrita; Poesis in Praxis – Tunga and Lenora de Barros, realizada no Pioneer Works em Nova York; e o projeto RUA – Roteiro Urbano de Arte, nas ruas da Cidade Baixa, em Salvador – sua terra natal.
Goya Lopes
Nascida em Salvador, Bahia, é uma artista que se destaca no cenário artístico brasileiro. Formada em Belas Artes pela UFBA e com especialização em design na Itália, ela consolidou sua carreira ao criar a Didara Design Goya Lopes em 1986 e, em 2013, a marca Goya Lopes Design Brasileiro, tornando-se referência no design afro-brasileiro. Suas criações, que abrangem desde estampas têxteis até obras de arte, celebram a ancestralidade afro-brasileira, fundindo elementos culturais diversos em um diálogo visual rico e expressivo. Pioneira na moda afro-brasileira, Goya Lopes recebeu o Prêmio Museu da Casa Brasileira em 1993, um reconhecimento à sua contribuição inovadora. Sua participação em exposições como "Brasil Futuro: as formas da democracia" reforça seu compromisso com a representatividade, divulgação e valorização da cultura afro-brasileira, consolidando seu legado como uma das mais importantes artistas do país.
Nivaldo Andrade
Arquiteto e urbanista, mestre e doutor em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA. Professor associado da Faculdade de Arquitetura da UFBA, atuando na graduação, mestrado e doutorado. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, foi professor e pesquisador visitante da Universidade Sapienza de Roma, da Escola de Urbanismo de Paris e do ICCROM em Roma. É Vice-presidente da União Internacional de Arquitetos para as Américas e membro do Conselho Consultivo do Iphan. Foi presidente nacional do IAB.
Wlamyra Albuquerque
Professora do Departamento de História e do Programa de Pós Graduação em História (UFBA). Pesquisadora de Produtividade CNPq. É mestre em História pela Universidade Federal da Bahia, doutora em História Social pela Universidade Estadual de Campinas e realizou pós-doutorado, na modalidade Estágio Sênior, no Latin American Studies/ Harvard University (2015), com bolsa CAPES; foi contemplada com bolsa Tinker Visiting Professor na UChicago (springer quarter 2022) e com bolsa Fulbright ocupou a cátedra Ruth Cardoso - Georgetown University (fall quater 2022). Dentre as principais publicações estão: Algazarra nas ruas- comemorações da Independência do Brasil na Bahia, Editora UNICAMP, (1999); O Jogo da Dissimulação-Abolição e Cidadania Negra no Brasil, Cia das Letras, (2009); em co-autoria com Walter Fraga ,Uma História da Cultura Afro-Brasileira , Ed. Moderna, (2010), que recebeu o prêmio Jabuti; e em co-autoria com Gabriela Sampaio De que lado você samba - raça, política e ciência na Bahia do pós-abolição, Ed. UNICAMP, (2021). A publicação mais recente é o artigo "The Life and Times of a Free Black Man in Brazils Era of Abolition: Teodoro Sampaio, 1855-1937" (2022). É a atual Superintendente de Relações Internacionais da Universidade Federal da Bahia.
Vistas
Rafael Martins

APRESENTA

PLATINA

PARCERIA INSTITUCIONAL

REALIZAÇÃO

Play