Imprevisibilidades, Desenho e Mobiliário
Ruy Ohtake
Exposição
Passada

Concebida por ocasião do Design Weekend, evento que acontece na cidade buscando dar visibilidade às relações entre design, arquitetura e urbanismo, a exposição Ruy Ohtake: imprevisibilidades, desenho e mobiliário explicita vertentes desse diálogo. Além de revelar como arquitetura e mobiliário estão inter-relacionados na linguagem do arquiteto, a mostra reforça o propósito do Instituto Tomie Ohtake em promover iniciativas que apontem as especificidades e contaminações entre esses campos.
Ruy Ohtake: imprevisibilidades, desenho e mobiliário, concebida pelo próprio arquiteto e realizada pelo Instituto Tomie Ohtake e Boomspdesign, traz um recorte singular no campo do design criado pelo autor de projetos consagrados, entre os quais, Parque Ecológico do Tietê (SP), Expresso Tiradentes (SP), Hotéis Unique (SP), Renaissance (SP) e Alvorada (BR), Conjunto Residencial e Polo Educacional de Heliópolis (SP), Aquário do Pantanal (MS).
No caso desta mostra, a relação entre arquitetura e design pode ser constatada integralmente pelo visitante. Ao entrar no edifício onde está instalado o Instituto Tomie Ohtake, assinado também pelo arquiteto paulistano, é possível perceber a imprevisibilidade de algumas formas, e como isso se estende ao desenho do mobiliário ali exposto. No espaço e nas peças evidencia-se como a surpresa fundamenta as decisões projetuais de Ohtake
Com o apoio das empresas Mekal, Moora, Via Light e Caesarstone, a exposição reúne cerca de 10 peças, sendo cinco inéditas, protótipos desenvolvidos nas últimas duas décadas e destinados aos mais distintos usos – de poltronas, bancos, aparadores, ao projeto de namoradeiras. Vale ressaltar, que o mobiliário em concreto já está integrado à arquitetura de Ohtake desde o primeiro projeto, e este design autônomo, utilizando outros materiais, surge a partir de 1997.
Conforme observa Priscyla Gomes, do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake, é possível identificar outros aspectos, além da sinuosidade das formas e da intensidade das cores, que aproximam o design de Ohtake de sua arquitetura. Segundo Gomes, há no trato dos materiais uma analogia construtiva clara, em que os mais distintos elementos são colocados a serviço de sua gestualidade. “A curva de seus perfis metálicos, presentes em muitos dos exemplos aqui apresentados, refletem os mesmos pontos de tangência buscados nas soluções estruturais de sua arquitetura. Uma conversa íntima entre os desenhos que delimitam escalas aparentemente tão destoantes”, destaca.
