Estranhamente Familiar / Unheimlich
Arte Atual Festival
Exposição
Passada

Ampliando sua sólida agenda e estudos que desenvolve para o aprofundamento da arte contemporânea, o Instituto Tomie Ohtake promove a primeira exposição do seu novo programa curatorial, o Arte Atual.
Elaborado pelo Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake (NPC), o projeto foi concebido para promover exposições coletivas de artistas emergentes em que projetos experimentais ambiciosos possam ser concretizados e apresentados ao público, contando, para isso, com o apoio ativo de galerias de arte presentes no país.
Estranhamente Familiar/Unheimlich inaugura o Arte Atual. Com curadoria de Paulo Miyada, coordenador do NPC, reúne obras de quatro jovens artistas: Alice Miceli, Mariana Manhães, Rodrigo Matheus e Thiago Honório. Segundo o curador, o termo unheimlich, consagrado e debatido por Freud em seu ensaio “Das Unheimlich” de 1919, define o conceito da exposição. Sem tradução para o português, a palavra indica algo que está entre estranho e familiar, que é excessivamente próximo e ao mesmo tempo emerge de um contexto ameaçadoramente irreconhecível.
Miyada explica ainda que, embora voltada à psicanálise, a reflexão sobre o termo extravasa esse campo, chegando descoberta de que o estranhamente familiar nada mais é do que o aprofundamento de um dos sentidos do ambivalente termo heimlich (doméstico, familiar). “O que se protege na esfera familiar da casa também é o que se esconde do olhar de outrem, o que permanece recolhido, e é quando ele emerge inesperadamente para fora de sua reclusão que se produz o efeito de unheimlich”, completa.

