Casa-ateliê Tomie Ohtake

Aprofunde-se
A moradora
A ocupação da casa evidencia a biografia de sua moradora. As marcas de tinta registradas pelo piso do ateliê, as maquetes de estudo em diversas escalas e tamanhos, as mapotecas recheadas de pastas com registros de seus estudos indicam aspectos dos processos de trabalho de Tomie, enquanto as plantas cultivadas no jardim e as fotografias de encontros revelam alguns dos seus hábitos domésticos.

Espaço de encontro
A família mantinha a tradição dos almoços de domingo, inicialmente frequentados pelos três moradores e que, mais tarde, passaram a incluir noras, netos e, ocasionalmente, amigos próximos.
Alternando entre a sala de jantar e o jardim, as refeições aconteciam em torno das grandes superfícies de concreto desenhadas por Ruy. Esses momentos começavam de manhã, com palitinhos de queijo, e se estendiam até o início da noite, com o tradicional macarrão frio japonês.

Aura movimentada
A artista desfrutava de uma vida movimentada. Sua casa anterior, na Mooca, já era frequentada por importantes figuras das artes e da cultura. Com o passar dos anos e o crescimento da família, os Ohtake passaram a ter mais influência no cenário cultural, e a residência passou a ser visitada por renomados nomes.

Galeria
Além de espaço de aconchego familiar e de labor, a Casa-ateliê é, ainda, uma espécie de galeria, expondo artistas que eram próximos à família ou admirados por Tomie. Caminhando pela casa, é possível reconhecer as obras de Alfredo Volpi, Kimi Nii, Lydia Okumura, Nicolas Vlavianos, Shoko Suzuki, entre tantos outros.
O mobiliário também carregava a assinatura de nomes prestigiados, como Arne Jacobsen, Charlotte Perriand, Harry Bertoia, Le Corbusier e Sérgio Rodrigues.

VISITAS MEDIADAS
Vivencie uma obra fundamental na história da arquitetura brasileira
Sobre as mediadoras
Sabrina Fontenele
Arquiteta e urbanista pela Universidade Federal do Ceará, com mestrado e doutorado pela FAUUSP. Tem pós-doutorado no IFCH-Unicamp sobre habitação, gênero e modernidade com apoio da Fapesp. Autora dos livros “Modos de morar nos apartamentos modernos: rastros de modernidade”, “Edifícios modernos e o traçado urbano no Centro de São Paulo” e do livro infantil “Jacaré Fujão no Triângulo”. Foi co-curadora da 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo - Travessias.. Faz parte da equipe de curadoria do Instituto Tomie Ohtake.
Catalina Bergues
É curadora, pesquisadora e psicóloga. Formada em Artes Visuais pela Fundação Armando Álvares Penteado e em Psicologia pela Universidade de São Paulo, atua como curadora no Instituto Tomie Ohtake e como psicóloga clínica. Realizou curadorias em exposições como (2024, Instituto Tomie Ohtake), (2025, Instituto Tomie Ohtake e Casa Fiat de Cultura – Belo Horizonte) e (2025, Frac Poitou-Charentes, França). Participou de publicações como (2023) e (2025).