Programação

Luiz Braga: Máscara, espelho e escudo

Exposição

de 13 de agosto a 12 de dezembro de 2021
De terça a domingo, das 11h às 20h Entrada franca

Passada

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Luiz Braga: Máscara, espelho e escudo

Com curadoria de Paulo Miyada e Priscyla Gomes, a exposição reúne pela primeira vez um conjunto de retratos em cores feitos por Luiz Braga nas últimas quatro décadas.  É por intermédio da ideia do retrato que as trajetórias de Pierre Verger e Luiz Braga, fotógrafos de proveniências e gerações distintas, se encontram agora nos espaços do Instituto Tomie Ohtake.

Tratam-se de figuras célebres em captar delicada e sensivelmente feições, espíritos e ânimos, colaborando expressivamente para a consolidação de uma fotografia brasileira atenta à cultura popular e às diferentes centralidades de um país de imensa escala territorial.

Nascido em Belém do Pará, Braga seguiu vivendo e trabalhando onde cresceu. Suas incursões vão da cercania de seus trajetos cotidianos, adentrando casarios ribeirinhos pouco visitados pela classe média paraense, até a ilha de Marajó, que fica a 90 km da capital. Como os curadores apontam, foi nesta periferia belenense que Braga cria uma forma própria de colorir, distinta do restante de cidade, e dessa percepção também se sobressaíram as nuances de uma sabedoria e estética popular muitas vezes negligenciadas. Essa percepção foi motora de sua escolha, na década de 1980, por fotografar em cores utilizando filmes Kodachrome, o que implicava mandar os negativos para o exterior e aguardar 3 meses até conhecer o resultado de cada clique.

Nascido em Belém do Pará, Braga seguiu vivendo e trabalhando onde cresceu. Suas incursões vão da cercania de seus trajetos cotidianos, adentrando casarios ribeirinhos pouco visitados pela classe média paraense, até a ilha de Marajó, que fica a 90 km da capital. Como os curadores apontam, foi nesta periferia belenense que Braga cria uma forma própria de colorir, distinta do restante de cidade, e dessa percepção também se sobressaíram as nuances de uma sabedoria e estética popular muitas vezes negligenciadas. Essa percepção foi motora de sua escolha, na década de 1980, por fotografar em cores utilizando filmes Kodachrome, o que implicava mandar os negativos para o exterior e aguardar 3 meses até conhecer o resultado de cada clique.

Para dos curadores, refletir sobre a complexidade desse diálogo torna-se especialmente instigante na elaboração imagética dos retratados eleitos por Braga. “São traços locais de uma existência popular em que diferentes etnias, costumes, ritos e contextos sociais se entrelaçam numa região que teve sua centralidade muitas vezes negligenciada. Num país de desenvolvimento desigual e combinado, a Amazônia é síntese prolífica da vivacidade de indivíduos, seus saberes e hábitos, frente ao escasso acesso a infraestruturas básicas e a políticas comprometidas pela predação do seu entorno. Os exemplos são vastos: as queimadas desertificantes, o contrabando madeireiro, o garimpo venenoso, o manda-matar-e-deixa-morrer, o genocídio dos povos indígenas… que impactam a vida das populações ribeirinhas interpeladas há décadas por um discurso de progresso cujas benesses nunca as alcançam senão como miragem”, completam.

Idealização e coordenação

Apoio

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Realização

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