Programação

Manuel Messias – Sem Limites

Exposição

de 13 de junho a 03 de agosto de 2025
ENTRADA GRATUITA ACESSO À VISITAÇÃO ATÉ 18H CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 10 ANOS

Futura

Manuel Messias, Posição humana de fecundação, 1968, óleo sobre tela, 50×70, foto Jaime Acioli
Manuel Messias – Sem Limites
Curadoria de Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto

Primeira mostra individual institucional de Manuel Messias, a mostra reúne cerca de 70 xilogravuras e traça um panorama sensível e contundente de um artista que manteve uma produção contínua e coesa apesar de ter enfrentado grandes dificuldades por ser um homem negro, nordestino e que viveu nos limites da pobreza e da loucura. “Sem limites”, como ele próprio se definia, Manuel Messias é hoje reconhecido como um importante membro de sua geração e um dos mais destacados nomes da gravura brasileira do século XX.

A exposição perpassa três décadas de produção artística, revelando a potência poética e crítica de Manuel Messias dos Santos (1945–2001), sergipano radicado no Rio de Janeiro desde a infância. Segundo os curadores, foi através de sua mãe, que trabalhou como empregada doméstica na casa de nomes influentes da cena artística carioca, que Messias pôde frequentar aulas de arte no início dos anos 60, particularmente o curso livre de Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. 

O Ministério da Cultura, via Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), e o Instituto Tomie Ohtake apresentam a exposição Manuel Messias – Sem limites, que conta com o patrocínio do Nubank, mantenedor do Instituto Tomie Ohtake, e o apoio da Danielian Galeria.

Séries

Compõem a exposição xilogravuras das séries Fome e Loucura, do início de carreira na virada dos anos 1960, nas quais o artista manifesta uma consciência dramática e uma linguagem gráfica intensa, influenciado tanto pela literatura de cordel quanto pelo expressionismo de Oswaldo Goeldi. Do mesmo período, a série YUWW, única apresentada como álbum, traz um alfabeto inventado e códigos visuais próprios, indecifrados por mais de 50 anos.

O grupo de trabalhos reunidos na série Nossa abordam a desigualdade social e revelam de modo subliminar um olhar político e crítico sobre a ditadura militar. Para os curadores, a série Via Sacra marca a maturidade do artista, com composições rigorosas que reinterpretam episódios da vida de Cristo. Em sua fase final, marcada por dificuldades financeiras e um crescente instabilidade psíquica, Messias mistura memória, símbolos da morte e referências autobiográficas nos trabalhos da série Your Life – M’fotogram. A curadoria aponta que essas gravuras, ao mesmo tempo caóticas e profundamente humanas, funcionam como um inventário visual de sua trajetória.

Manuel Messias, Cristo na Terra, 1968, xilogravura sobre papel, 85×42, foto Jaime Acioli

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