Arte popular: trânsitos e enfrentamento

A arte popular foi fundamental na constituição do moderno no Brasil, e sua valorização nesse contexto fomentou um repertório e uma bibliografia considerável sobre o assunto, promovendo diálogos importantes entre produções ditas “populares” e “não populares”. Não se pode perder de vista, entretanto, que se trata de um conceito movediço, em constante disputa, modificando-se ao longo do tempo e também dentro de um mesmo “tempo”, a depender de quem, com quem e por que fala. Dessa forma, mostra-se fundamental para a historiografia da arte rever a presença, circulação e recepção de produções associadas à noção de popular como forma de compreender o modo como esses diálogos nos alcançam e se (re)formulam no contexto da arte contemporânea.

Partindo da obra de Maria Lira Marques, cuja produção se confronta com a noção de arte popular há mais de quatro décadas, o curso se dedica à reflexão sobre a movência e trânsitos do termo, no desejo de pensar o que está em jogo em seu agenciamento. O primeiro encontro é dedicado à reflexão sobre a presença e os sentidos da arte popular no contexto contemporâneo. No segundo, revisitamos eventos que podem ser entendidos como pontos de inflexão importantes para o debate no Brasil e para as discussões que “herdamos” com ele.

27 e 28 de março de 2024
Quarta e quinta | 19h – 21h
30 vagas
Faixa etária: maiores de 15 anos
Público: educadores, artistas, curadores, pesquisadores e público interessados em arte popular