Programação

Poéticas artísticas contemporâneas

Programa público

de 16 de abril a 18 de abril de 2024
curso presencial e gratuito 19h - 21h

Passada

Obras de Alice Shintani durante a 34a Bienal de São Paulo.  © Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo
Curso presencial e gratuito
Com Alice Shintani, Alice Yura, Celina Yamauchi, Patrícia Baik, Roger Sassaki e Yuli Yamagata

No contexto das exposições do programa Diásporas asiáticas, este curso de curta duração propõe uma aproximação da produção de artistas contemporâneos, que são convidados a falar sobre suas práticas e trabalhos. A cada dia, uma dupla de artistas compartilhará com o público sua trajetória e sua produção.

Os interessados podem optar pela inscrição em um, dois, ou três dias de curso.

Programação

Encontro 1 | 16 abril de 2024
19h – 21h
Com Alice Shintani e Yuli Yamagata

Encontro 2 | 17 de abril de 2024
19h – 21h
Com Alice Yura e Pat Baik

Encontro 3 | 18 de abril de 2024
19h às 21h
Com Celina Yamauchi e Roger Sassaki

Sobre os artistas
Alice Shintani
Nascida na divisa entre Diadema e São Paulo, é artista visual formada em engenharia de computação pela Unicamp. Nos anos 1990, trabalhou ativamente nos projetos iniciais de implantação da internet no Brasil. A partir de 2001, migra para as artes visuais através de cursos extra-acadêmicos e participações em mostras individuais e co- letivas no país em instituições públicas e privadas. A partir de 2010, passa a acompanhar a reocupação do espaço público pelas ruas de São Paulo. Entre 2014 e 2016, desliga-se completamente do sistema de arte e atua como vendedora ambulante de doces em tempo integral em feiras livres e praças da cidade. Retorna ao circuito em 2017, quando recebe uma bolsa de residência na Delfina Foundation em Londes como premiação da feira SP–Arte. Desde então, tem conduzido propostas artísticas na confluência entre espaços públicos, institucionais e comerciais. Foi uma das artistas participantes da 34a Bienal de São Paulo “Faz Escuro Mas Eu Canto” (2020-2021) e do seu programa de mostras itinerantes (2022-2023) em São Luis (MA), Campinas e Campos do Jordão (SP), Fortaleza (CE), Belém (PA), Santiago (Chile) e Arles (França).
Alice Yura
De origem nipo-caipira, nasceu em fevereiro de 1990, em Aparecida do Taboado, no interior do Mato Grosso do Sul, e graduou-se em artes visuais pela UFMS. Mulher trans que encontra na arte um abrigo e um lugar para lutar. Tem interesse profundo nas relações e nos processos de arte e vida, nos afetos, nos encontros e, como isso está intimamente ligado à política, cultura, biologia, ao corpo e a nossa formação de identidade e alteridade. As fronteiras e os tempos a fizeram, ela está entre aqui e agora… Na busca pelo amor entre a ordem e o caos.
Celina Yamauchi
Bacharel em Artes Plásticas, Mestre e Doutora em Poética Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Participa do Grupo de Pesquisa em Impressão Fotográfica coordenado pelo professor Doutor João Luiz Musa (ECA-USP). Leciona na graduação do Centro Universitário Armando Álvares Penteado (FAAP) e atua como professora e curadora de programação das oficinas de fotografia no Instituto Moreira Salles (IMS). Seu trabalho procura articular o fotográfico imbricando seus conhecimentos dos sistemas analógico e digital na fabricação de imagens-dispositivos. Suas obras estão presentes na coleção do MAM São Paulo, do MASP, do MAC USP e da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Expôs as fotografias da tese intitulada De prata e de tinta na Biblioteca Mário de Andrade que passaram a integrar o acervo municipal.
Yuli Yamagata
A artista manipula materiais têxteis, resinas e objetos cotidianos prontamente reconhecíveis. O papel central ocupado pela costura na sua prática atesta ao seu procedimento de justaposição e aglutinação de elementos heterogêneos, dando forma a figuras situadas entre o orgânico e o artificial. Os volumes estofados e pelúcias da artista, assim como as cores sintéticas e intensas que ela emprega fazem as suas imagens corpóreas e membros postiços projetarem-se além do quadro ou da moldura, ocupando o espaço circundante com a configuração plástica hiperbólica e fragmentada dos quadrinhos e mangás. Esses aspectos, aliados à frequente aparição de seres insólitos, os títulos sugestivos e a feição costurada de seus trabalhos aproximam sua obra do campo do grotesco, dos filmes de horror e da ficção científica. Suas exposições individuais recentes incluem Dois pra cá, dois pra lá, Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2023); The new, the old and the hole, Anton Kern Gallery, Nova York, Estados Unidos (2023); Afasta, nefasta, ORDET, Milão, Itália (2022); Nervo, MAC Niterói – Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Niterói, Brasil (2021); Insônia, Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo, Brasil (2021); Sweet Dreams, Nosferatu, Anton Kern Gallery, New York, USA (2021). Yamagata participou das exposições coletivas Nunca só essa mente, nunca só esse mundo, Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2023); O curso do sol, Gomide & Co, São Paulo, Brasil (2023); The Post-Modern Child, MOCA Busan, Busan, Coreia do Sul (2023) e A sua estupidez, Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2022).
Patrícia Baik
Artista visual, mora e produz em São Paulo e trabalha com instalação, pintura e desenho. Tem interesse em investigar o trânsito e o tempo da identidade transcultural por meio da auto-ficção. Utiliza de repertório imagético, elementos de sua vivência coreano-brasileira.
Roger Sassaki
Natural de São Paulo, é bacharel em fotografia pelo SENAC-SP e Mestre em Poéticas Visuais pela ECA-USP. Iniciou a fotografia na área de documentação fotográfica de comunidades brasileiras e também do cenário artístico, principalmente musical, da cidade de São Paulo. Em 2011 produziu sua exposição individual fotográfica sobre a região do sertão mineiro na Universidade de Paris, Sorbonne, a convite da instituição. Em 2012, inicia um processo de resgate de processos históricos fotográficos em seu ateliê em SP. Para a divulgação das pesquisas, funda o blog Imagineiro (imagineiro.com.br) e tem sido convidado por instituições de ensino de artes visuais para ministrar cursos e demonstrações de processos para estudantes de fotografia e outras artes. Foi contemplado duas vezes pela Bolsa Funarte de Estímulo à Conservação Fotográfica Solange Zúñiga para a produção de manuais práticos em processos fotográficos, como negativos do século 19 e impressão em albúmen.
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