Programação

Curso: Moderno para quem? Indígenas e populares na institucionalização da cultura

Fernanda Pitta

Programa público

de 22 de maio a 10 de junho de 2025
ÀS QUINTAS, 19H—20H30 CURSO ON-LINE CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 18 ANOS

Futura

circulo amarelo e branco em fundo branco
Curso on-line, via Google Meet | 4 encontros
'Moderno para quem? Indígenas e populares na institucionalização da cultura' com Fernanda Pitta

O modernismo no Brasil foi marcado por um aparente desejo de abertura e valorização das expressões populares e indígenas. Mas até que ponto essa inclusão foi genuína? E quem realmente teve voz nesse processo?

Neste curso, vamos investigar como a arte moderna no Brasil incorporou manifestações populares e indígenas por meio de exposições, cursos e atividades em museus recém-criados. A partir de estudos de caso, o curso visa refletir sobre esse processo de inserção que, se tem um caráter progressista ao instar o reconhecimento a valorização dessas manifestações artísticas, o faz sem o protagonismo de seus agentes.

Inspirados pelo conceito de “universalismo estratégico”, formulado por Kaira Cabañas, refletiremos sobre como essa apropriação serviu à construção de uma noção de arte nacional e da “originalidade brasileira”, muitas vezes promovendo invisibilizações e violências epistêmicas. Hoje, mais do que nunca, discutir esse passado é essencial para que a reparação e o protagonismo indígena se afirmem como direitos incontornáveis.

INSCRIÇÕES ABERTAS

Investimento

R$380

Ou 2 parcelas de R$190

Inscreva-se

Vagas limitadas

Confira as opções de bolsas de estudo aqui.

 

Para dúvidas e outras informações:
Conteúdos dos encontros
Aula 1: História da noção de arte indígena no Brasil
QUINTA | 22.MAI 2025 O interesse de antropólogos e arqueólogos pelas manifestações artísticas indígenas – cerâmica, desenho, arte plumária - , do passado e do presente. A invenção da noção de arte indígena e suas variações históricas.
Aula 2: Apropriação e Antropofagia
QUINTA | 29.MAI 2025 As artes indígenas e o modernismo. Problematizando a antropofagia. Vicente do Rego Monteiro entre investigação e apropriação. Tarsila do Amaral e o recalque – a supressão das suas fontes indígenas de sua obra pela artista e pela historiografia.
Aula 3: Arte popular entre “descobertas” do Brasil, exposições e publicações
QUINTA | 5.MAI 2025 O popular como categoria: uma questão de classe e raça? A ideologia do “Brasil profundo”. A violência oculta dos processos de urbanização como uma das matrizes do popular na arte.
Aula 4: Arte indígena no Museu – Inclusão e exclusão: o caso da cerâmica Karajá
QUINTA | 12.MAI 2025 Arte Karajá o novo marajoara? Exposições Karajá no MASP e MAM nos anos 40. A imprensa moderna e os Karajá. Trânsitos de acervos e categorias – quem tem o direito de definir?
Sobre a ministrante
Fernanda Pitta
Professora doutora na Divisão de Pesquisa em Arte, Teoria e Crítica do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. É pesquisadora principal no Projeto de Pesquisa Decay Without Mourning, Future Thinking Heritage Practices (Riksbankens Jubileumsfond), dedicado a refletir sobre as relações entre museus e a arte indígena.
CRÉDITO CAPA
Tomie Ohtake. 1996.
Play