Programação

Mira Schendel – esperar que a letra se forme

Exposição

de 25 de outubro a 02 de fevereiro de 2025
ENTRADA GRATUITA ACESSO À VISITAÇÃO ATÉ 18H CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE

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Mostra retrospectiva de Mira Schendel
São mais 250 obras, entre pinturas, monotipias, desenhos, cadernos, objetos gráficos e uma instalação

Mira Schendel – esperar que a letra se forme, exposição com curadoria de Galciani Neves e Paulo Miyada, explora a presença dos signos gráficos, da letra e da palavra linguagem na produção artística de Mira Schendel (1919–1988).

Reconhecida como uma das artistas mais significativas da arte brasileira do século XX, Mira nasceu em Zurique, na Suíça, com ascendência judaica, tcheca, alemã e italiana. Devido à perseguição antissemita, fugiu para o Brasil em 1949, onde viveu e produziu grande parte de sua obra, dialogando com a Poesia Concreta, o Neoconcretismo e as experimentações artísticas das décadas de 1960 e 1970.

A mostra é retrospectiva e convida o público a imergir na presença da palavra na produção artística de Mira e suas interligações. A curadoria pensou a montagem em sete núcleos sustentados de maneira fluida na cronologia da artista (você pode conferir cada um deles nas abas abaixo).

Esta exposição conta com o patrocínio do Nubank, através do Ministério da Cultura, via Lei de Incentivo à Cultura, Programa Nacional de Apoio à Cultura e Governo Federal – Brasil, União e Reconstrução.

Inaugurada concomitantemente à exposição Carlito Carvalhosa – A metade do dobro, ela integra o programa semestral palavra palavra palavra, iniciado com o projeto Poesia em presença – Entre cenas, slam, spoken word e rap, e que contará ainda com o lançamento da publicação Caderno-ensaio 2: Palavra.

Esperar que a letra se forme

Foi em um manuscrito da artista que os curadores Galciani Neves e Paulo Miyada encontraram o título da exposição, “esperar que a letra se forme”.

De lá extraíram também este excerto, presente no texto curatorial:

“A sequência das letras no papel imita o tempo, sem poder realmente representá-lo. São simulações do tempo vivido, e não capturam a vivência do irrecuperável, que caracteriza esse tempo. Os textos que desenhei no papel podem ser lidos e relidos, coisa que o tempo não pode. Fixam, sem imortalizar, a fluidez do tempo.

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APROFUNDE-SE SOBRE NÚCLEOS QUE COMPÕEM A MOSTRA
1. Chegada ao Brasil e à palavra
É o núcleo que abre a exposição, o público confere o percurso de representações esquemáticas de objetos para composições abstratas e experimentos com elementos gráficos. Destaque para as obras dos anos 1960, quando Mira integra rótulos e textos em seus trabalhos, trazendo a palavra escrita para o centro de suas composições.
2. Escritura-desenho estruturando espaços
Neste núcleo estão desenhos feitos com nanquim e carvão que trazem a relação entre palavra e espaço, combinando letras, signos gráficos e gestos caligráficos. Segundo a curadoria, Haroldo de Campos descreveu essa "arte-escritura" de Mira, na qual o signo gráfico se torna uma questão estética e uma forma de fabulação de espaços.
3. A palavra em espiral
Aqui estão trabalhos que trazem palavras em diferentes idiomas, sobretudo italiano e o alemão, línguas que a artista herdou dos pais, que aparecem junto ao português, língua oficial do Brasil. Para a curadoria, “essa diversidade de expressões e pronúncias efetiva a palavra no trabalho da artista como uma espécie de acontecimento de enunciação de algo, como se escrever/desenhar as letras e a sua decodificação fizessem realizar o que ali está posto. A palavra instaura, assim, uma situação."
4. Arte: encontro com o corpóreo
Este núcleo dá destaque para os Toquinhos, tanto os feitos em papel de arroz, como os em acrílico. Entre as séries homônimas, os decalques de letraset são o elemento comum.
5. Refluir de páginas fechadas e abertas
Já aqui estão os cadernos de Mira Schendel. A curadoria aponta que “essas obras – feitas, em sua grande maioria, no ano de 1971 – são exercícios de composição em papéis encadernados, perfurados, grampeados ou colados, como brochuras ou simples aglomerados de páginas. A artista usufruiu de centenas de conjuntos de folhas, de muitas dimensões, que, compreendidas em sua sequencialidade, formam um percurso no tempo e no espaço”.
6. Monotipias e objetos gráficos
Esta vertente complementa a exposição com duas das mais conhecidas séries da artista
7. Ondas paradas de probabilidade, um sussurro
Aqui está a apresentação — já sugerida no título — da instalação “Ondas Paradas de Probabilidade”, a obra de Mira Schendel com maior dimensão.
PUBLICAÇÃO QUE ACOMPANHA A EXPOSIÇÃO

A pesquisa de Galciani Neves e Paulo Miyada para esta exposição resultou também em um ensaio que convida o leitor a enxergar outros modos de estar junto com os trabalhos da artista em lugares para além da sala de exposição.

Com este livro, esperamos que mais um capítulo seja acrescentado aos relevantes textos já publicados sobre a obra de Mira Schendel, cujo impacto se renova e motiva novas escritas e leituras.

Você pode adquirir o livro Mira Schendel — esperar que a letra se forme na Loja Tomie, localizada no Instituto Tomie Ohtake.

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O Programa de Amigos do Instituto Tomie Ohtake quer aproximar o público de um dos espaços de arte mais emblemáticos da cidade de São Paulo. Uma novidade para os usuários do Nubank, patrocinador da exposição Mira Schendel – esperar que a letra se forme é que todos os clientes da instituição têm 25% de desconto em qualquer categoria de apoio, enquanto os clientes ultravioleta têm 50%.

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CRÉDITO VISTAS
Cabrel Escritório de Imagem

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